Dilma diz que não tem mais como dar suporte às desonerações
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (18) que o governo não tem mais como “dar suporte” às desonerações. Ao inaugurar a Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), em Brasília, ela reafirmou que o país enfrenta “dificuldades” na economia e passa por ano de “travessia”.
Durante o discurso, Dilma afirmou que, embora o Brasil seja atualmente a sétima maior economia do mundo, enfrenta “dificuldades”, assim como outros países. “E ninguém imaginaria isso porque o Brasil, até então, tinha tido um desempenho fantástico. Nós tínhamos conseguido superar os seis anos da crise recorrendo a um conjunto de políticas. Hoje, nós não temos como dar suporte a tudo o que fizemos. Desoneramos a folha das empresas, desoneramos a cesta básica e desoneramos uma séria de investimentos produtivos”, disse.
“Mas nós vamos continuar mantendo as desonerações, em alguns casos, na sua integralidade, como é o caso, por exemplo, da cesta básica, mas, em outros casos, teremos de reduzir o nível de desoneração. Por que? Para transitar. É uma travessia que estamos passando”, acrescentou.
Na noite desta terça, o Senado adiou para quarta-feira (19) o exame do Projeto de Lei da Câmara que revê a política de desoneração da folha de pagamentos e aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia.
A proposta também faz mudanças em relação à lei que disciplinou isenções tributárias ou suspensão de tributos para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
O texto faz parte do ajuste fiscal enviado ao Congresso pelo governo. O relator é o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que pediu um prazo maior para apresentar o seu parecer. A proposta, em regime de urgência, tranca a pauta do Plenário.
Mais cedo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros, um corte linear de 50% nas desonerações, que na prática significa aumento de tributos.
Fonte: Jornal do Brasil
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