CCA Bernardon Consultoria Contábil e Tributária Porto Alegre
Menu

Executivo gaúcho defende diferencial de alíquota de ICMS interestadual

O Governo do Estado mantém sua posição a favor da manutenção da diferença de alíquota de ICMS interestadual, pois entende se tratar de medida de proteção da economia do Estado. Desse modo, o Executivo seguirá trabalhando o tema junto à Assembleia Legislativa (AL). O parecer sobre o projeto de lei que visa barrar a cobrança foi aprovado nesta terça-feira (20), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“O Estado não tem futuro se não proteger sua indústria”, salienta o secretário da Fazenda, Odir Tonollier, que considera a medida inconstitucional. De acordo com ele, a votação compromete a negociação com as entidades do setor e, se não houver acordo, a Fazenda não poderá parar o processo de cobrança das dívidas, estimadas em R$ 25 milhões. “O Rio Grande do Sul, se não preservar a sua indústria de grande, médio e pequeno porte, se tornará um Estado comprador e perderá empregos”, completou o secretário.
 
Somente em 2012, micro e pequenas empresas do Simples compraram R$ 4 bilhões de produtos de outros Estados, com a diferença de alíquota. A Secretaria da Fazenda estima que este número possa chegar a R$ 10 bilhões, caso o diferencial seja derrubado – e que poderiam ser adquiridos da indústria gaúcha, inclusive das 40 mil micro e pequenas indústrias do Estado.
 
RS deixará de arrecadar R$ 200 milhões

O Estado perderá R$ 150 milhões/ano em arrecadação, com um eventual fim da diferença de alíquota. Os municípios, por sua vez, perderão R$ 50 milhões. A área da Saúde, por exemplo, terá R$ 18 milhões/ano a menos em seu orçamento. Entretanto, se for confirmada a hipótese de migração de R$ 10 bilhões de compras do Estado, a perda chegará a R$ 500 milhões em 2014 – dos quais, R$ 125 milhões dos municípios.
 
O parecer sobre o PL que visa a barrar a cobrança da diferença da alíquota de ICMS para micro e pequenas empresas gaúchas enquadradas no Simples Nacional foi aprovado nesta terça, sem que a Comissão tenha ouvido demais segmentos, como a indústria e os atacadistas, que também sofrerão com a concorrência desleal. Para ter validade, o projeto deve ser apreciado em plenário.

Fonte: Notícias Fiscais

Confira outras notícias

Este site pode utilizar cookies para segurança e para lhe assegurar uma experiência otimizada. Você concorda com a utilização de cookies ao navegar neste ambiente? Conheça a nossa Política de Privacidade.