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Benefícios incluem despesas menores para armazenamento

A adesão compulsória ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) chegou a dar dor de cabeça às empresas em 2007, quando foram obrigadas a gradativamente automatizar etapas de processos fiscais e contábeis com o suporte de softwares, servidores e conexões cada vez mais parrudos. Mas a arrumação forçada trouxe mais agilidade e reduziu custos, como os de armazenagem de documentos.

A Süd Metal, de São Leopoldo (RS), sentiu na pele as agruras e os posteriores benefícios desse processo. Nascida em 2006, com foco em fundição, forjaria, usinagem e chicotes e sistemas elétricos, hoje soma cerca de mil funcionários e processa mensalmente 2 mil toneladas de ferro em cinco fábricas.

Há três anos, adotou o ERP Cigam, preparado para a escrituração digital. Este ano, a implantação do submódulo Pis/Cofins demandou servidor melhor e dedicado, não mais compartilhado com e-mails, e apertou a equipe entre treinamentos e processos manuais para a adaptação das informações. Mas rendeu organização, velocidade das informações, agilidade na conferência e gestão mais acurada. "Vejo antes os problemas e qualquer correção ficou mais rápida", destaca o gerente de planejamento Paulo César Nardi. Além disso, a Süd Metal está mudando seu regime de sistema padrão de custeio para o de absorção e lucro real. "A ferramenta forçou a empresa a se organizar. Hoje consigo enxergar uma peça em cada momento de fabricação e custear melhor."

"O Sped é a ferramenta do governo para melhorar a arrecadação", avalia o diretor de mercado da Cigam, Robinson Klein. Como o processo é complexo, os pilotos reúnem governo, contribuintes e software houses no desenvolvimento dos sistemas. "Quando foi disponibilizado o primeiro Sped fiscal, não havia validação para notas de correção", exemplifica Klein. O processo foi regulamentado e passará no ano que vem a ser feito eletronicamente.

Outro desafio para as empresas é o prazo. Embora os layouts necessários sejam divulgados em média seis meses antes das datas finais, é pouco para desenvolver, validar e treinar os clientes. A Easy Way, fornecedora de softwares especializados, atende 5 mil empresas. A Sispro, do mesmo segmento, que atende empresas também como serviço, tem projetos entre R$ 10 mil e R$ 400 mil.

A Cigam tem 2,5 mil clientes que, para a etapa em curso do EFD Pis/Cofins, pagarão entre R$ 1 mil e R$ 20 mil pelo serviço para adequação, de acordo com tamanho da empresa e número de usuários - a atualização do software não será cobrada. "Empresas de telecom são as que mais têm investido nesse projeto. Estão em todos os Estados, trabalham com mainframes e sistemas de grande porte, como SAP", detalha Jorge Campos, especialista da Azis. Segundo ele, projetos para NF-e no segmento podem chegar a R$ 30 milhões.

Embora a linha que separa custos de investimento seja tênue, alguns ganhos são palpáveis. "Quem tem visão só de cumprimento de obrigação fica com os custos", resume Edson Lima, da IOB.

Fonte: Valor Online

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